terça-feira, 22 de março de 2016

Candomblé/Nações

Nações

Os negros escravizados no Brasil pertenciam a diversos grupos étnicos, incluindo os Yorubás, os Ewe, os Fon e os Bantus. Como a religião se tornou semi-independente em regiões diferentes do país, entre grupos étnicos diferentes evoluíram diversas "divisões" ou "nações", que se distinguem entre si principalmente pelo conjunto de divindades veneradas, o atabaque (música) e a língua sagrada usada nos rituais.
A lista seguinte é uma classificação pouco rigorosa das principais nações e sub-nações, de suas regiões de origem, e de suas línguas sagradas:

COLLECTIE TROPENMUSEUM Een Yoruba moeder met kind TMnr 20016858.jpg1.Nagôs ou Anagôs era a designação dada aos negros escravizados e vendidos na antiga Costa dos Escravos e que falavam o iorubá. Os iorubas, iorubanos ou iorubás são um povo do sudoeste da Nigéria, no Benim (antiga República do Daomé) e no Togo.

Historicamente, habitavam o reino de Ketu (atual Benin), na África Ocidental . Durante o século XVIII e até 1815, foram escravizados e trazidos em massa para o Brasil durante o chamado "Ciclo da Costa da Mina", ou "Ciclo de Benin e Daomé.

Casa branca engenho velho.jpg2.Candomblé Ketu (pronuncia-se quêtu) é a maior e a mais popular "nação" do Candomblé, uma das Religiões afro-brasileiras.
No início do século XIX, as etnias africanas eram separadas por confrarias da Igreja Católica na região de Salvador, Bahia. Dentre os escravos pertencentes ao grupo dos Nagôs estavam os Yoruba (Iorubá). Suas crenças e rituais são parecidos com os de outras nações do Candomblé em termos gerais, mas diferentes em quase todos os detalhes.

3.Efan ou Efon - é uma nação do candomblé, seus orixás também são cultuados em outras nações.Na África a nação ainda existe, mais exatamente em Ekiti-Efon (não confundir com Ifon, a terra de Oxalufon), no Brasil usa-se o termo "Lokiti Efon" e onde reina absoluta a rainha da nação no Brasil, ou seja, Osun, lá ainda cultua-se muitos orixás que se perderam no caminho para o Brasil. Devido a influência Ketu, a nação de Efon, perdeu um pouco de sua raiz.
4.Ijexá em português, Ijesha em inglês (escreve-se Ijesa na ortografia Ioruba), são um sub-grupo étnico dos Iorubas ,Ijexá é uma nação africana formada pelos escravos vindos de Ilesa na Nigéria, concentrada nas religiões Batuque e Candomblé.tendo sua base em Orumila-Ifá, e seus metodos adivinhatorios dos Odú

5.Xangô do Nordeste também conhecido como Xangô do Recife, Xangô de Pernambuco ou Nagô Egbá.Em todo o Nordeste da Paraíba à Bahia, a influência dos Yorubas prevalece a do Daomé. Esta é a zona mais conhecida quanto às religiões tradicionais africanas, a que deu lugar a maior número de pesquisas e de trabalhos sobre os nagôs. As duas palavras para designá-las são, a de Xangô na Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, e de Candomblé da Bahia para o sul, esta dualidade de nomes, que não são nomes dados pelos negros, mas sim pelos brancos em virtude da popularidade e importância de Xangô nessa região, e Candomblé por designar toda dança dos negros, tanto profanas como religiosas.

6.Tambor de Mina é a denominação mais difundida das religiões Afro-brasileiras no Maranhão, Piauí, Pará e na Amazônia. A palavra tambor deriva da importância do instrumento nos rituais de culto. Mina deriva de negro-mina, de São Jorge da Mina, denominação dada aos escravos procedentes da “costa situada a leste do Castelo de São Jorge da Mina” (Verger, 1987: 12) , no atual República do Gana, trazidos da região das hoje Repúblicas do Togo, Benin e da Nigéria, que eram conhecidos principalmente como negros mina-jejes e mina-nagôs.

7.Xambá em Alagoas e Pernambuco (quase extinto) a Nação Xambá é uma religião afro-brasileira ativa em Olinda, Pernambuco. Alguns autores, como Olga Caciatore e Reginaldo Prandi, afirmam que este culto está praticamente extinto no país.

8.O candomblé bantu é uma das maiores nações do candomblé. Desenvolveu-se entre escravos que falavam Kimbundu, Umbundu e kikongo.

 9.Candomblé de Caboclo é todo candomblé que além do culto aos Orixás, Voduns ou Nkisis, cultua também espíritos ameríndios chamados de entidades, Catiços ou Caboclos Boiadeiros e Gentileiros. Inicialmente na Bahia os Candomblés não tradicionais, eram na maioria caboclos, que é um misto de Keto, Jeje e Angola.

10.Os jejes ou daomeanos são um povo africano que habita o Togo, Gana, Benim e regiões vizinhas, representado, no contingente de escravos trazidos para o Brasil, pelos povos denominados fon, Éwé, Mina, Fanti e Ashanti. O apogeu desse tráfico foi durante o século 18, durando até 1815, no chamado "Ciclo da Costa da Mina" ou "Ciclo de Benin e Daomé"

11.Tambor de Mina é a denominação mais difundida das religiões Afro-brasileiras no Maranhão, Piauí, Pará e na Amazônia. A palavra tambor deriva da importância do instrumento nos rituais de culto. Mina deriva de negro-mina, de São Jorge da Mina, denominação dada aos escravos procedentes da “costa situada a leste do Castelo de São Jorge da Mina” (Verger, 1987: 12) , no atual República do Gana, trazidos da região das hoje Repúblicas do Togo, Benin e da Nigéria, que eram conhecidos principalmente como negros mina-jejes e mina-nagôs.

12.Babaçuê é um culto religioso afro-ameríndio popular do Norte e Nordeste do Brasil em especial nos estados do Amazonas e do Pará.Também chamado de Batuque-de-Santa-Bárbara, Batuque-de-Mina, é considerado como uma das Religiões afro-brasileiras por ser um tipo de candomblé mestiço, também chamado de Jeje-Nagô, onde são cultuados tanto Orixás como Voduns.
Como Batuque de Santa Bárbara, cultua os Orixás nagôs Iansã e Xangô, a primeira protegendo as mulheres e o segundo, os homens. E na versão Batuque-de-Mina, cultua os Voduns..

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